IGREJA DE OLIVEIRA CELEBRA MISSA DA UNIDADE
Clero reunido, povo de Deus em oração e representação das 30 paróquias da Diocese de Oliveira. O contexto que se repete anualmente para a Missa da Unidade revela a diversidade do rosto de cada Igreja Particular para vivenciar um momento importante: a benção dos Santos Óleos e a renovação das promessas sacerdotais. Ritos que foram celebrados na manhã desta quinta-feira (29), na Catedral de Nossa Senhora de Oliveira.
Os óleos para os catecúmenos e para os enfermos foram abençoados. Eles são usados, respectivamente, nos sacramentos do batismo e da unção. O óleo para o Crisma foi consagrado pelo bispo diocesano, Dom Miguel Ângelo Freitas Ribeiro. Após preparar o mesmo com a mistura do bálsamo, que simboliza o “perfume de Cristo”, o pastor soprou sobre o recipiente pedindo a efusão do Espírito Santo. Dom Miguel lembrou que este óleo é também usado nas ordenações sacerdotais e pediu as orações para que tudo corra bem no processo feito pelo Diácono Yuri Mombrini Lamounier, que deve receber o sacramento ainda este ano.
O clero renovou as promessas sacerdotais, como é costume do rito da Missa da Unidade. Mas, em especial neste ano, onde a Igreja vivencia o “Ano do Laicato”, também os leigos tiveram grande destaque na reflexão sobre o seguimento à Jesus na ação pastoral. A missão de vocalizar o sentimento do corpo leigo diocesano foi de Rejane de Lourdes Ribeiro, da Paróquia de Nossa Senhora de Oliveira. Atuante em vários movimentos e pastorais, desde o canto litúrgico até o serviço de apoio às vocações, a paroquiana leu uma mensagem ao final da Missa e enalteceu a importância do protagonismo leigo na vida eclesial.
“Ninguém foi batizado padre, bem bispo, mas batizados leigos e é o sinal indelével que jamais poderá ser cancelado. Faz-nos bem recordar que a Igreja não é uma elite de padres, consagrados, bispos, mas que todos formamos o Santo Povo fiel de Deus; ungido com a graça do Espírito Santo. Leigo comprometido não pode ser aquele ou aquela que trabalha obediente e calado nas obras da Igreja”, frisou, lembrando da importância do anúncio do Evangelho de modo comprometido por parte de todos que compõem a Igreja.
O bispo diocesano aproveitou também a temática do Ano do Laicato e reforçou o convite para a grande celebração do Dia do Leigo, que será no dia 27 de maio, em Oliveira/MG. Em sua homilia, Dom Miguel lembrou a importância da união no propósito de cumprir os compromissos pedidos por Jesus, sobretudo no anúncio do Evangelho.
“Este Ano do Laicato, convocado pela CNBB, nos convida a olhar para as diferenças. Olhar misericordioso e com afeição. A unidade não significa a eliminação das diferenças, mas sua integração, o acolhimento da diversidade, da multiplicidade que existe entre as pessoas, dos dons e ministérios, na certeza de que o mesmo Espírito nos habita. Diversidade das comunidades, das pastorais, dos grupos, dos movimentos, dos carismas, dos membros do Presbitério. Como num jardim de variedade belo e não motivo de atritos e dificuldades. Todas as distensões se superam com uma conversa respeitosa e amiga. Com o reconhecimento das próprias faltas”, discorreu o bispo.
A presença das religiosas que atuam na Diocese, sobretudo as Escolápias, Oblatas do Menino Jesus, Apostolinas, Mercedárias e da Divina Providência foi registrada pelo bispo. Além delas, seminaristas diocesanos e de várias congregações, que participam da Semana Santa na Diocese, foram acolhidos. Entre o clero, além dos padres religiosos Mercedários, que atuam em Bom Sucesso/MG, e dos Crúzios (Ordem de Santa Cruz), que atuam em Campo Belo/MG, celebraram em comunhão os presbíteros vindos de outras dioceses e congregações que vivenciam esta semana nas diversas paróquias e comunidades.
Texto: Vinícius Borges
Foto de destaque: Marcos Rezende
Demais fotos: PASCOM Diocesana