A MESSE É GRANDE E POUCOS OS OPERÁRIOS
Jesus compadeceu-se das multidões “porque estavam cansadas e abatidas como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9, 36). E vendo a imensidão do trabalho à sua frente para a implantação do Reino de seu Pai, ordenou aos discípulos que pedissem a Deus, como dono da colheita que estava madura, para enviar novos trabalhadores. Como enviado do Pai, escolheu para si doze colaboradores, os apóstolos, cujos nome são estes: “Simão chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus” (Mt 10,2-3). Naquele dia, fê-los participantes de seu poder para anunciar o Evangelho e libertar os irmãos do mal: expulsar os espíritos maus, ressuscitar os mortos, purificar os leprosos e curar todo tipo de doença e enfermidade (cf. Mt 10, 1.8). E eles partiram em missão.
A primeira missão apostólica deveria se restringir ao povo de Israel, eleito por Deus entre todos os povos, como “reino de sacerdotes e nação santa” (Ex 19,5), isto é, capazes de oferecer a Deus o sacrifício de suas vidas na observância aos mandamentos e ser sinal de salvação para todos os povos. Pouco a pouco, Jesus ampliará essa missão: “O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia: o que vos é dito aos ouvidos, proclamai-o sobre os telhados (Mt 10,27). Em Pentecostes (cf. At 2,1-11), a revelará como universal e, antes de sua ascensão aos Céus, enviará os discípulos como anunciadores do Evangelho ao mundo inteiro (cf. Mt 28,16-20).
Ao escolher doze entre os discípulos, Jesus demonstrava que sua Igreja, fundada na fé proclamada por Simão Pedro, seria o novo povo de Deus, alicerçado também sobre doze colunas, como as doze tribos de Israel. A Igreja se reconhece pois Católica e Apostólica, como professamos no credo. A nossa comunhão com Deus se faz na Igreja, Corpo Místico de Cristo, através da unidade com o sucessor de Pedro e com os bispos, sucessores dos apóstolos, em comunhão com o Papa.
O Senhor advertiu ainda aos apóstolos em sua missão: “De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8). O anúncio do Evangelho é serviço gratuito, feito na pobreza dos meios de que dispusermos no momento, e não a partir de barganhas políticas ou na intenção de lucro ou proveito próprio. A Boa Nova da Salvação de Deus não se compra e não se vende, não é uma sabedoria para alguns iniciados ou gnose, propaganda de mercadoria ou oferta interesseira em tempo de tecnologias avançadas, mas dom de Deus a todos os homens. Por este motivo, o apóstolo Paulo nos recorda que “a prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores” (Rm 5, 8) e “ inimigos de Deus” (Rm 5, 10). O Senhor nos reconciliou com o Pai para que a Igreja seja casa da reconciliação e da paz.
Mas, por que Jesus escolheu doze homens, que ainda não entendiam sua proposta e um deles o haveria de trair? Jesus confia em nós e quer nos formar segundo o seu coração. Precisamos nos deixar modelar por Ele. Ele não nos tira a liberdade da resposta. Sempre será assim. Deus nos respeita no mais íntimo de nossas consciências.
Atualmente nos vemos diante da mesma inquietação de Jesus. O mundo cai no indiferentismo e perde, cada vez mais, o temor de Deus, isto é, o medo de não corresponder ao seu amor. Mais que em outros tempos, precisamos de bons operários para a messe do Reino, operários santos que possam ser, pela palavra e pelas obras, presença do amor de Deus no meio do mundo.
Todos temos nos esforçado em nossas comunidades por promover as vocações e rezar cada dia por elas? Pelas vocações sacerdotais, diaconais, religiosas, missionárias, leigas de especial consagração e de fiéis comprometidos em suas profissões, que devem exercer com amor, como sinais e proclamadores do Reino?
O tempo em que vivemos, de forçado distanciamento social, motivado pela proteção e caridade com os irmãos, em razão da pandemia de coronavírus que avança em nossa Pátria e parece longe de chegar ao fim, nos interpela ainda mais profundamente. De modo especial, as pastorais, movimentos, associações e serviços apostólicos são chamados a se reinventarem no anúncio do Evangelho e na prática da caridade, para que a distância não nos desagregue e o tempo não nos faça esmorecer no caminho. Deus nos pede para ser santos hoje em meio aos desafios atuais!
Confiemos no Senhor e não nos esmoreçamos. “Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente! ” (Sl 99,5). Na força de Deus e com o auxílio maternal de Nossa Senhora; de São José e dos santos, continuemos nosso caminho para Deus!
+ Dom Miguel Angelo Freitas Ribeiro
Parabéns D Miguel linda reflexão Belo ensinar muito bom ! Mais nós católicos precisamos mais rápido possível de estarmos fazendo nossa comunhão junto.ao sacerdote receber a eucaristia das mão do sacerdote .
A comunhão.virtual está nós distânciando-nos muito úmido do outro . Por favor penso nessa situação (sua Benção ) bom final de semana
Hoje o padre Vanir foi muito bom em sua homilia. Disse a história de santo Antônio de Pádua. Ouvir a vida dos santos e ler é muito bom
Eu ganhei o livro de santo Antônio . Suas homilias pela tia Hilda e fiquei maravilhada. Eu emprestei e não sei pra quem. Posso dizer que dei. Mas vou comprar pra mim. De tão bom que achei santo Antônio foi e é um verdadeiro discípulo de Jesus e quer que o sejamos tbm