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Consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria!

Oliveira, 24 de março de 2022

URGENTE!

Caríssimos sacerdotes, diáconos, acólitos e demais fiéis de nossa diocese,

Alegria e Paz em Deus!

Consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria!

Amanhã sexta-feira, 25 de março, festa da Anunciação do Senhor, às 17h (às 13h, no horário de Brasília), o Papa Francisco consagrará a humanidade, e de forma especial a Rússia e a Ucrânia, ao Imaculado Coração de Maria. No final da celebração, que se seguirá à liturgia penitencial, Francisco pronunciará a oração de consagração. A liturgia terá início às 17h (hora de Roma), enquanto a consagração terá lugar por volta das 18h30min. Todos os bispos e todos os sacerdotes do mundo, unidos aos fiéis em Cristo, são convidados a unir-se nesta súplica.

O Bispo auxiliar do Rio Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, presidirá a celebração às 7 horas, da Capela da CNBB, cuja transmissão ao vivo está confirmada pela Rede Vida de Televisão, TV Aparecida, TV Horizonte, TV Pai Eterno, TV Imaculada, TV Nazaré, TV Evangelizar, TV Canção Nova e pelas redes sociais da CNBB. Acompanhe aqui: canal da CNBB no Youtube.

Em comunhão e sintonia

Exortamos veementemente a todos os sacerdotes, a estar em sintonia com o convite do Papa Francisco aos bispos de todo mundo e seus sacerdotes a se unirem a ele na oração pela paz e na consagração e entrega da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria.

Devem fazê-la, em sua Missa diária, assim como os diáconos e os que vão presidir a celebração da Palavra no dia de amanhã, em qualquer horário e, se de todo modo não for possível, poderão renová-la no sábado ou domingo, o que seria muito recomendável.

Como estaremos celebrando a dedicação da nova Capela Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora do Rosário, às 19h, em Itaguara, a faremos em transmissão pelas redes sociais da Paróquia ao final da Missa.

 Íntegra do texto da oração de consagração

Ó Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, recorremos a Vós nesta hora de tribulação. Vós sois Mãe, amais-nos e conheceis-nos: de quanto temos no coração, nada Vos é oculto. Mãe de misericórdia, muitas vezes experimentamos a vossa ternura providente, a vossa presença que faz voltar a paz, porque sempre nos guiais para Jesus, Príncipe da paz.

Mas perdemos o caminho da paz. Esquecemos a lição das tragédias do século passado, o sacrifício de milhões de mortos nas guerras mundiais. Descuidamos os compromissos assumidos como Comunidade das Nações e estamos a atraiçoar os sonhos de paz dos povos e as esperanças dos jovens. Adoecemos de ganância, fechamo-nos em interesses nacionalistas, deixamo-nos ressequir pela indiferença e paralisar pelo egoísmo. Preferimos ignorar Deus, conviver com as nossas falsidades, alimentar a agressividade, suprimir vidas e acumular armas, esquecendo-nos que somos guardiões do nosso próximo e da própria casa comum. Dilaceramos com a guerra o jardim da Terra, ferimos com o pecado o coração do nosso Pai, que nos quer irmãos e irmãs. Tornamo-nos indiferentes a todos e a tudo, exceto a nós mesmos. E, com vergonha, dizemos: Perdoai-nos, Senhor!

Na miséria do pecado, das nossas fadigas e fragilidades, no mistério de iniquidade do mal e da guerra, Vós, Mãe Santa, lembrai-nos que Deus não nos abandonais, mas continua a olhar-nos com amor, desejoso de nos perdoar e levantar novamente. Foi Ele que Vos deu a nós e colocou no vosso Imaculado Coração um refúgio para a Igreja e para a humanidade. Por bondade divina, estais conosco e conduzis-nos com ternura mesmo nos transes mais apertados da história.

Por isso recorremos a Vós, batemos à porta do vosso Coração, nós os vossos queridos filhos, que não Vos cansais de visitar em todo o tempo e convidar à conversão. Nesta hora escura, vinde socorrer-nos e consolar-nos. Repeti a cada um de nós: “Não estou porventura aqui Eu, que sou tua mãe? ” Vós sabeis como desfazer os emaranhados do nosso coração e desatar os nós do nosso tempo. Repomos a nossa confiança em Vós. Temos a certeza de que Vós, especialmente no momento da prova, não desprezais as nossas súplicas e vindes em nosso auxílio.

Assim fizestes em Caná da Galileia, quando apressastes a hora da intervenção de Jesus e introduzistes no mundo o seu primeiro sinal. Quando a festa se mudara em tristeza, dissestes-Lhe: “Não têm vinho! ” (Jo 2, 3). Ó Mãe, repeti-o mais uma vez a Deus, porque hoje esgotamos o vinho da esperança, desvaneceu-se a alegria, diluiu-se a fraternidade. Perdemos a humanidade, malbaratamos a paz. Tornamo-nos capazes de toda a violência e destruição. Temos necessidade urgente da vossa intervenção materna.

Por isso acolhei, ó Mãe, esta nossa súplica:

Vós, Estrela do Mar, não nos deixeis naufragar na tempestade da guerra;
Vós, Arca da Nova Aliança, inspirai projetos e caminhos de reconciliação;
Vós, “Terra do Céu”, trazei de volta ao mundo a concórdia de Deus.
Apagai o ódio, acalmai a vingança, ensinai-nos o perdão;
libertai-nos da guerra, preservai o mundo da ameaça nuclear.
Rainha do Rosário, despertai em nós a necessidade de rezar e amar;
Rainha da família humana, mostrai aos povos o caminho da fraternidade;
Rainha da Paz, alcançai a paz para o mundo.

O vosso pranto, ó Mãe, comova os nossos corações endurecidos. As lágrimas, que por nós derramastes, façam reflorescer este vale que o nosso ódio secou. E, enquanto o rumor das armas não se cala, que a vossa oração nos predisponha para a paz. As vossas mãos maternas acariciem quantos sofrem e fogem sob o peso das bombas. O vosso abraço materno console quantos são obrigados a deixar as suas casas e o seu país. Que o vosso doloroso Coração nos mova à compaixão e estimule a abrir as portas e cuidar da humanidade ferida e descartada.

Santa Mãe de Deus, enquanto estáveis ao pé da cruz, Jesus, ao ver o discípulo junto de Vós, disse-Vos: “Eis o teu filho! ” (Jo 19, 26), assim Vos confiou cada um de nós. Depois, disse ao discípulo, a cada um de nós: “Eis a tua mãe! ” (19, 27). Mãe, agora queremos acolher-Vos na nossa vida e na nossa história. Nesta hora, a humanidade, exausta e transtornada, está ao pé da cruz convosco. E tem necessidade de se confiar a Vós, de se consagrar a Cristo por vosso intermédio. O povo ucraniano e o povo russo, que Vos veneram com amor, recorrem a Vós, enquanto o vosso Coração palpita por eles e por todos os povos ceifados pela guerra, a fome, a injustiça e a miséria.

Por isso, nós, ó Mãe de Deus e nossa, solenemente confiamos e consagramos ao vosso Imaculado Coração, nós mesmos, a Igreja e a humanidade inteira, de modo especial a Rússia e a Ucrânia. Acolhei este nosso ato que realizamos com confiança e amor, fazei que cesse a guerra, providenciai ao mundo a paz. O sim que brotou do vosso Coração abriu as portas da história ao Príncipe da Paz; confiamos que, mais uma vez, por meio do vosso Coração, virá a paz. Assim, a Vós consagramos o futuro da família humana inteira, as necessidades e os anseios dos povos, as angústias e as esperanças do mundo.Por vosso intermédio, derrame-se sobre a Terra a Misericórdia Divina e o doce palpitar da paz volte a marcar as nossas jornadas. Mulher do sim, sobre Quem desceu o Espírito Santo, trazei de volta ao nosso meio a harmonia de Deus. Dessedentai a aridez do nosso coração, Vós que “sois fonte viva de esperança”. Tecestes a humanidade para Jesus, fazei de nós artesãos de comunhão. Caminhastes pelas nossas estradas, guiai-nos pelas sendas da paz. Amém.

Em Cristo e Maria, Senhora de Oliveira, Rainha da Paz!

Dom Miguel Angelo Freitas Ribeiro

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