NÃO MATAR
São quatro os direitos fundamentais da pessoa humana: direito à vida; direito à propriedade; direito à liberdade e direito à honra. “Quando se denota a ausência de um deles, a pessoa desaparece: sem vida não existe, sem propriedade não subsiste, sem liberdade, principalmente a religiosa, não se desenvolve, e sem honra não se relaciona. ” (Dom Dadeus Grings, Arcebispo de Porto Alegre: (O Comunicador, junho 2010, p 1). Entre os quatro direitos, o primeiro é o mais importante porque é a base de todos os outros.
Os Dez Mandamentos da Lei de Deus expressam, em sua totalidade, esses direitos fundamentais e seus desdobramentos. O direito à vida ocupa um lugar especial no quinto mandamento: “Não matar”; que nos obriga à defesa da vida humana desde a sua concepção no ventre materno até sua natural consumação na morte. Aborto e eutanásia, assim como tudo que fere a vida humana são, pois, condenados por Deus.
A Didaqué, catecismo cristão do século II, afirma: “Não matarás o embrião por aborto e não farás perecer o recém-nascido. ” Por ser gravíssima desordem moral, a Igreja penaliza com a excomunhão não somente aqueles que provocam o aborto, mas quem colabora de algum modo com a sua execução. “Quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sentenciae”, isto é, automática, afirma o Cânon 1314, do Código de Direito Canônico. A excomunhão significa o estado objetivo de pecado grave e a separação da Igreja, corpo místico de Cristo, com a consequente chamada do pecador à penitência e à reconciliação.
Estamos em ano eleitoral, em que vamos eleger o Presidente da República e seu vice, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Entre os candidatos, não são poucos, de diversos partidos, que defendem o aborto, como já declararam em entrevistas à imprensa ou reduzem sua aprovação a um eventual plebiscito, como se a objetividade do bem se definisse pela opinião da maioria ou pela estatística, e não pela objetividade da Lei de Deus e da lei natural impressa no coração de todos os homens.
Entre os partidos, o Partido dos Trabalhadores inclui o aborto em seu programa partidário. O PT em seu 3º Congresso ocorrido em setembro de 2007 afirma-se “por um Brasil de mulheres e homens livres e iguais” que inclui “a defesa da autodeterminação das mulheres, da descriminalização do aborto e regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público” (Resoluções do Congresso do PT, p. 80 in site do PT).
A Igreja Católica, afirma a Constituição Pastoral Lumen Gentium do Concílio Vaticano II “não se confunde de modo algum com a comunidade política” (GS, 76) e respeita os cidadãos em suas “opiniões legítimas, mas discordantes entre si, sobre a organização da realidade temporal” (GS no 75). Mas, também afirma que “faz parte da missão da Igreja emitir um juízo moral também sobre as realidades que dizem respeito à ordem política, quando o exijam os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas” (Catecismo, no 2246 citando GS, 76).
Diante da grave situação em que estamos, cada eleitor católico tem a gravíssima obrigação de ao escolher seus candidatos, observar também seus compromissos com a defesa da vida e com aqueles pontos que não admitem abdicações, exceções ou compromissos de qualquer espécie. O cristão não pode, portanto, apoiar as leis civis que liberem o aborto e a eutanásia; que neguem a devida proteção ao embrião humano e à família como consórcio natural e monogâmico de um homem e uma mulher; que promovam o reconhecimento da união civil de homossexuais e a adoção de crianças pelos mesmos; que não protejam a liberdade de educação dos filhos pelos pais, a liberdade religiosa e uma economia de comunhão a serviço da vida.
Cada um se examine diante de Deus e de sua consciência para bem escolher nossos governantes, de modo a escolher o melhor pelo Brasil. Não podemos nos furtar diante da verdade e da justa defesa da vida e da Lei de Deus.
Publicado em setembro de 2010, republicado com revisões.
O senhor me perdoa bisco com todo respeito, existem famílias mulher e homem que maltratam tanto crianças. Porque pessoas homossexuais não podem criar e dar amor à uma criança abandonada. Existem tantas crianças indefesas neste mundo e não podem ser cuidadas com amor por pessoas do sexto divergente. Não é permitido aborto e tb não concordo e zombar de uma pessoa morrendo sem ar e deixar essa morrer por falta de humanidade. Não matar um embrião, mais poder ter posse de arma pra matar qualquer ser humano pode. Não sou Lula doente, mais nas condições em que se encontra o Brasil meu voto é dele esse Bolsonario nojento, desumano, perverso, não me defende. Se eu estiver errada e em pecado, amo muito minha igreja ais o senhor me havisa porque revejo minhas condições.
Fico muito feliz e tranquilo quanto ao seu posicionamento, nos deixa certo de que a nossa diocese através do nosso Bispo pensa e age como a maioria da população cristã.