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PEDRO E PAULO, APÓSTOLOS E SINAIS

O Apóstolo Paulo, pouco antes de sua morte, escreveu na 2ª. Carta a Timóteo: Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé” (2 Tm 4,7). Estas palavras podem se aplicar igualmente a Pedro e a todos os que, no decurso dos tempos, lutaram pela fé que recebemos da Igreja Católica, fundada sobre o alicerce dos Apóstolos.

São Pedro é, segundo o Evangelho, o guardião da fé. Recebeu de Jesus esta missão: “Confirma os teus irmãos” (Lc 22,32). Sobre a sua profissão de fé, Cristo edifica sua comunidade, a Igreja. Onde está o Papa, está a Igreja e está Cristo. “Nada sem o Papa”, repetia São Luís Orione. Por este motivo, esta festa é também o Dia do Papa. Ele continua o ministério de Pedro, como servidor da unidade e garantidor da verdadeira fé.

Pedro e Paulo representam na Igreja duas dimensões da vocação apostólica que devem estar sempre juntas, pois se complementam. Ambos trabalharam por Cristo, cada um a seu modo. Pedro representa a instituição, a hierarquia desejada por Jesus. Paulo, a criatividade missionária, na leitura e busca de respostas aos sinais dos tempos.

Simão, que recebeu de Jesus o nome de Pedro (pedra) é, na Igreja, o sinal visível da unidade e esta, obra do Espírito Santo. Sua missão é desempenhada pelo seu sucessor, o Bispo de Roma, denominado Papa (Pai), hoje, Francisco, que desempenha na Igreja a presidência da caridade.

Paulo, chamado ao apostolado no caminho de Damasco por pura graça de Deus, abdicou de suas antigas certezas de perseguidor dos cristãos para abraçar a Cristo e foi feito apóstolo. Através de sua ação missionária no mundo antigo, tornou-se sinal da criatividade da Igreja, chamada a acolher na barca de Pedro, em que o timoneiro é o próprio Jesus, todas as nações e culturas.

Neste tempo de crises, de mudança de época, precisamos atentamente escutar o Papa. Francisco hoje é a maior autoridade moral em todo o mundo. Suas palavras, cada vez, mais se revelam proféticas!  

Recordemo-nos sempre das palavras de Jesus a Pedro: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (Mt 16, 18). Na primeira leitura, vemos uma realização desta promessa: Pedro foi libertado da prisão por intervenção do anjo do Senhor (cf. At 12, 1-11).

Ele recebeu de Cristo, individualmente, um mandato e uma promessa: “ Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,19, promessa que os apóstolos, posteriormente, receberam em conjunto com ele (Mt 18,18).

Pedro e Paulo, depois de uma vida inteira dedicada a Cristo no serviço do Evangelho, ofereceram-lhe também seu sangue no martírio, sob a perseguição de Nero, provavelmente no ano 64. Este foi degolado, onde se ergue hoje uma basílica no local das Três Fontes que, segundo a tradição, passaram a jorrar ao ser decapitado. A Basílica Vaticana se ergue sobre a sepultura de Pedro, crucificado de cabeça para baixo no circo de Roma, e cujos ossos foram reencontrados no século passado, sob o altar da confissão, abaixo do baldaquino de Bernini.

Todos os batizados, membros da Igreja, povo de Deus, sacerdotes, profetas e pastores, somos chamados a dar testemunho de Jesus. Ele também nos interroga como aos Doze: “Para vocês quem eu sou? ” (Mt 16,15; Mc 8,29; Lc 9,20). De nossa resposta dependerá o sentido de nossa vida e salvação eterna. 

Neste tempo de pandemia, tão diferente dos outros que nossa geração já viveu, saibamos dar “as razões de nossa esperança” (1Pd 3,15), que não se esgota neste mundo. Tenhamos a certeza de que tudo vai passar. Agora, é tempo de cuidar! Cuidemo-nos uns dos outros, na certeza de que Jesus está conosco, o Emanuel! E, confiantes, cantemos com o profeta Davi:

“ Nossa esperança está no Senhor; ele é o nosso auxílio e a nossa proteção. Nele se alegra o nosso coração, pois confiamos no seu santo nome. Esteja sobre nós o teu amor, Senhor, como está em ti a nossa esperança. (Sl 33, 20-22).

Que a Mãe do Perpétuo Socorro, cuja festa celebramos neste 27 de junho, e são José intercedam por todo o povo de Deus e pelo mundo inteiro. Em suas mãos colocamos nossas preocupações, certos de que as levarão ao Coração de Jesus! Para que tenhamos força no combate da fé e da caridade, que fazem brotar e sustentar a esperança!

+ Dom Miguel Angelo Freitas Ribeiro

3 comentários sobre “PEDRO E PAULO, APÓSTOLOS E SINAIS

    • A festa destes dois grandes santos é um convite para nós hoje neste momento difícil, para nos fortalecermos na fé atravéz da oração e no ardor missionário. Jesus precisa ser levado a todas as criaturas, afim de ser conhecido e amado.

  • Eu sempre gostei desta festa de são Pedro e são Paulo porque o padre Nilson sempre falava está frase. Combati o bom combate completei a corrida guardei a fé. E eu achava que quero também quando morrer pode dizer como Paulo. Deus os abençoe

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